domingo, 14 de setembro de 2008

Doce Chuva

A doce chuva cai levando minhas lágrimas para longe, lavando minha pele
que esconde este corpo exausto e vazio. Aquilo que outrora fora minha vida
vem à minha mente sutilmente e, sem que eu perceba, domina-me completamente.
Minha vida melancólica e solitária se dissolve na doce água da chuva,
misturando-se a inúmeras lágrimas que caem dos meus olhos. Sou uma pobre alma
que vaga à procura de seu corpo que outrora talvez tenha existido ou apenas
tenha sido mais uma invenção da minha eterna fortaleza feita de utopias.
A chuva parou, a água aos poucos evapora-se levando para longe meus devaneios,
chegou a hora de acordar deste transe voluntário, de olhar pra vida que o cerca, vida?
Viver é não é apenas respirar e pensar, viver é vivenciar, compartilhar, sorrir, chorar,
amar, saber, crescer, conviver. E eu sou apenas um acidente na vida.


F.R.A.M

Um comentário:

Ana disse...

Faz um tempo que não apareço por aqui...
Mas este poema me deixou sem palavras...
Muito lindo, comovente...
Gostei demais...
Viu só... você tem um talento e tanto, e mal sabia!!!
Beijosss